LOS MADRIGENTINOS

Em meio à tumultuada saída do brasileiro Robinho do Real Madrid poucas pessoas se atentaram para um fato. A equipe de futebol mais vencedora do século XX tem cada vez mais sangue argentino correndo nas veias madridistas.

Na foto ao lado observamos dois exemplos. No meio está o volante Fernando Gago em sua apresentação no Real Madrid. Volante bem técnica apurada e raça motivadora, tem ao seu lado esquerdo uma lenda viva do esporte argentino, merengue e mundial.

Alfredo di Stefano foi para muitos o maior jogador de todos os tempos. Seu nome não é tão cantado como os de Pelé e seu compatriota Maradona, proporcionalmente lembra Garrincha, mas no Real Madrid é benemérito, é honorário é um semi-Deus! O maior do maior clube é argentino.

Seus discípulos se multiplicam, Maradona chegou a vestir a camisa blanca, mas não fez tudo o que sabia no Bernabeu. Porém, aos poucos, as cores azul celeste e branca foram sendo preenchidas com um azul mais forte e tons de verde e amarelo. Roberto Carlos tornou-se ídolo. O Real chegou a vencer Champions League com Flávio Conceição, Zé Roberto e Sávio. Posteriormente chegaram mais tupiniquins e o principal foi Ronaldo que teve passagem de altos e baixos na equipe do Madrid. Nos últimos anos, Cicinho, Júlio Baptista, e outros tantos jogadores brasileiros tiveram passagens sem brilho inclusive o treinador multi-campeão Wanderlei Luxemburgo. O mais bem sucedido, Robinho, deixou o Real quase que em litígio e legitimamente brasileira resta apenas Marcelo no plantel merengue.

Assim os argentinos estão dominando novamente o pedaço. Gago, Heinze, Saviola e Higuaín são peças importantes de Schuster que já indicou mais dois novos nomes para la plantilla madrileña: Angél Di Maria e Diego Buonanotte. Os jovens argentinos estão na mira do clube mais argentino da Europa e com os deslizes disciplinares dos brasileiros a tendência é de predomínio argentino nos gramados do Santiago Bernabeu.

FOTO: TERRA

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