Paulo Henrique Gavião?

Paulo Henrique Ganso pode trocar o Santos pelo Corinthians
O conceituado Diário Lance! trouxe-se em sua capa de terça-feira, 12, a revelação de que Paulo Henrique Ganso teria dito "sim" a uma proposta do Corinthians. A notícia ganhou repercussão bombástica e deve seguir com suas larvas pelos corredores do futebol e pelos botecos do Brasil.

Desde que o craque se lesionou contra o Grêmio pelo Brasileirão 2010 e ficou afastado dos gramados, o tema 'renovação com o Santos' transformou-se em novela. Até agora, o escritor dessa dramaturgia não conseguiu assinar o capítulo final e se Ganso virar Gavião, o mocinho vai virar vilão.

No futebol há duas discussões sérias quando o assunto é troca de time. Primeiro dizem que o jogador é profissional e que deve assinar com quem bem entender e lhe oferecer melhores condições de trabalho. Depois, jogam pedras sobre a falta de camisa e ressaltam apenas Marcos e Rogério ceni como os últimos boleiros que amam seus escudos.

Pois bem, essa simples ventilada de Ganso no Corinthians me fez pensar no caso e chegar a uma posição. Para mim, jogador é como qualquer profissional e deve ir para onde julga melhor. Mas não pode se esconder atrás disso e esquecer que ele move o coração de apaixonados, que criam expectaivas de ve-lo brilhar, de ganhar títulos e de massacrar seus rivais. Qual santista não se orgulha de chegar em um corinthiano e dizer. "Eu tive Pelé e Pepe, Pita e Aílton Lira, Diego e Robinho e agora Neymar e Ganso. Meu time cria duplas como uma fábrica, os meninos da Vila são demais".

Nesse básico exemplo, quando o corinthiano encontrar com ele novamente, o santista se tornará um alvo fácil de gozações. Isso é futebol, é paixão, é rivalidade e por isso, a saída de um ídolo da envergadura de Ganso, indo para um rival, é sim trairagem! Ele está traindo seu torcedor, seu seguidor, aquele que deixa família, casa e amigos para ve-lo jogar.

Se quer sair, que vá para a Europa ou outro time em que a rivalidade não seja tamanha. Volte para a Tuna Luso Ganso. Eu não quero ver Valdivias no Santos, Luganos no Palmeiras e Tevez no São Paulo. Suas imagens já são de Palmeiras, São Paulo e Corinthians, respectivamente e quebrar o coração de suas torcidas é mostrar que o futebol acabou mesmo com o romantismo de outrora e que hipócritas desfilam beijos nos escudos desse esporte bretão.

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