Clássico do imponderável

Dagoberto fez boa partida, mas não evitou empate no chuvoso Morumbi
O título do meu post já é redundante. Um clássico sempre é marcado pelo imponderável. Aliás, um jogo de futebol é assim. Mas o clássico, o Choque-rei de ontem atingiu o ápice. Tudo aconteceu no Morumbi para São Paulo x Palmeiras.

Primeiro foi o dilúvio que caiu em São Paulo. Normal, mas anormal é cair tanta água no MOrumbi e o estádio ficar como ficou. Era tanta água que o banco de reservas do Palmeiras ficou inundado, parecia uma banheira e a arquibancada amarela virou um piscinão, onde torcedores aproveitavam para cravar cenas como nado sincronizado, natação e outros derivados dos esportes aquáticos.

Com tanta chuva, São Paulo x Palmeiras não queriam jogo. O árbitro Marcelo Aparecido de Souza seguiu o regulamento, esperou trinta minutos e avaliou o gramado. Depois esperou mais 15 minutos e garantiu. "Vai ter jogo".

Realmente o sistema de drenagem do Morumbi é ótimo e apenas grandes poças eram vistas nas laterais. Antes da execução do Hino Nacional apenas o São Paulo perfilado. O Palmeiras fazia aquecimento. Corre-corre e o verdão colocou o uniforme de jogo no gramado mesmo.

Aí a bola rolou. Claro que às vezes ela parava em alguma poça d'água, mas com o tempo o campo ficou bom para a pratica desportiva. Foi então que Fernandinho driblou Thiago Heleno e fez um golaço, em forte chute de esquerda.

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E então, o imponderável. Caiu a iluminação do estádio. Foram mais 15 minutos de paralização. Quando a energia voltou o São Paulo seguiu melhor. Teve chances com Lucas e Rhodolfo, mas parou em Deola.

No segundo tempo tudo corria bem para o Tricolor. Até que Adriano Michael Jackson, que acabara de entrar, simulou um falta, stressou Alex Silva e foi empurrado pelo zagueiro. O árbitro foi logo expulsando o beque do São Paulo. Infantil a expulsão. Mas incoerente o juizão. Pouco antes, Valdívia havia pisado em Carlinhos Paraíba na frente de Marcelo Aparecido, e nada fora marcado.

Com um a mais o Palmeiras invertou o dominio do jogo. Pressionou até achar o gol de empate. Em boa tabela de Valvídia e Kléber, Adriano recebeu, fez o gol e dançou, para alegria alviverde.

O jogo seguiu e o imponderavel deixou o gramado. Assim, o empate persistiu até o apito final e as duas equipes deixaram o Morumbi com muita água e apenas um ponto cada.

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